Ela se cansou. Deitou em sua cama sentindo o peso dos dias, sentia dores nas pernas, sua cabeça latejava. Levantou-se e foi esquentar a água do chá. Barulho na porta. Ele havia chegado.
Sorrisos amarelos e um beijo estalado que mal tocaram-lhe os lábios. Ele não sabia como a magoava.
:Senta ai, precisamos conversar. (Foi o suficiente pra que ele arregalasse os olhos.)
:Aconteceu alguma coisa.
:O de sempre.
Ele senta-se, já sabe o discurso e a reclamação, mas acha tudo bobagem.
Ela senta-se. Põe a mão nos olhos porque chora.
:Eu tenho medo. Ela diz.
:Eu sei. Eu também tenho.
:Queria nunca ter encontrado voce.
Silencio.
:Assim voce me machuca.
:Mais me machuca voce, agindo dessa forma.
Silencio.
:Eu queria que voce sumisse!
:Só se voce fosse junto.
:Pára com isso vai, isso é uma briga.
:Não é mais.
Silencio.
:Amor, o que voce quer para o jantar?
:Decide voce, amor.
E eles viveram felizes e tristes para sempre.
é o equilíbrio e o momento, a hora do encontro e o acontecimento...é que fazem a diferença?
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