História desfragmentada.
Nova roupagem para as memórias, o mesmo estilo de vida,
mas numa outra vida.

História confusa.
Na mente confusa, e um corpo confuso,
entrando em parafuso.

História perdida,
em todas suas classificações, mistificações, peregrinações,
sem lembrança, sem história.





Gosto de viver em par. É transformar dia e noite numa coisa só. Sustentação. Alegria, energia. É viver sem tempo, espaço, perder as estribeiras, rumo à coisa nenhuma. Sentimento. Quero viver de sentimento. Isto é, sentido.

Deleite de dentes

Hoje acordei com uma vontade de escrever, mas nada em particular
Não estou com fome, mas como não tenho nada pra fazer,
é inevitável pensar em comida.

Lá vai:
Pão de queijo (sem ser crocante)
Capuccino
Leite gelado com aquele canudo engraçado
Calda de chocolate (da verdadeira!)
Brocólis no alho e azeite
Sorvete de creme
Chá (dos mais variados)
Macarrão alho e óleo da minha tia
Batata aos muros com sal e azeite
Arroz do dia
Sopa daquelas de saquinho
Feijão e farofa (pimenta, limão)
Bolo de coco
Bala de coco
Bolacha água e sal com margarina light (é bom!)
Cachorro quente: pão, salsicha e mostarda
Cachorro quente: pão, salsicha e molho
Torta de palmito
Rúcula
Alface daquela crocante
Torresminho (hummmmmmmm)
Torta de chocolate meio amargo da tia rose
Sandubife (e todas suas variações)
Bife suculento
Lanche do templo (hummm)
Torradas quentes com manteiga
Torradas com ovo, chá acompanhando
Pepino com muito sal e limão
Vinho (suave eu gosto)
Cerveja geeeladaa
Café (teteu)
Vagen e cenoura tudo junto misturado
Mandioquinha
Coxinha da apae com muito ketchup
Pão com tomate e maionese
Pastel da feira

E depois de tudo isso, eu adoro me deitar.
Há também uma grande variedade de jeitos que eu gosto de dormir,
mas deixa isso pra uma próxima lista.
Misturou o hábito e a bebida fumegante que estava me deixando louca.
Eu estava pairando por entre os seres, tantos, que surgiam de diversos lugares.
Encostei a cabeça na parede, tudo girava, tudo girava
E no meu circulo, nada me apetecia
Queria lençois quentes e camas, muitos travesseiros,
o pijama do ursinho.
Então, como que por mágica
Eu não estava mais lá,
eu estive voando,
eu estou nas nuvens.

Afago e afeto.

Afago e afeto. Duas coisas que me agradam, duas coisas que eu admiro preciosamente e base de todas as minhas relações (tudo bem, não todas). E é por isso, por não ser todas que eu escrevo mais este episódio.
Fiquei pensando que tudo deve começar daí, mas é meio arriscado, dar afago e afeto pra meros desconhecidos conhecidos, como consequencia temos diversas reações. Estudemo-as.
Uma típica é o distanciamento, as pessoas têm medo de se relacionar pois já sofreram traumas no passado, elas associam o personagem do drama a todos os outros personagens da trama.
Um outra, tão comum, é o encantamento. O pouco contato com o sentimento, raras vezes vivido, passa a se tornar mais uma ilusão do que realidade. O estado de encantamento faz você ver tudo com seus olhos, esquecendo que existem outros olhos relacionados a esses.
Lógico que isso tudo vêm de minhas próprias experiências. Conhecimento empírico, que fique claro. Ciência longe daqui!
Bom, o interessante é que de um jeito ou de outro a saída de todos os problemas é a sinceridade.
Problemas de relações em geral.
Quando existe uma sinceridade de ambas as partes, sem medo, vergonha, pudor, polidez, fica tudo claro, limpo, aberto pra discussão, dialógo, reflexão.
Eu usei esse tática, deu muito certo e eu fui muito feliz.
Eu também já não usei essa tática e fui feliz. É porque meu amor me reprimia bastante, eu não queria magoar ninguem, nunca, de forma nenhuma e acabava criando outros problemas, que eu também esquecia com facilidade.
Enfim, o amor me trazia mais alegria do que qualquer plano bem feito que eu formulava pra viver.
Ele vive me fazendo fazer essas coisas, o amor é uma verdade tão absoluta na minha vida, e eu o sinto como combustível necessário da felicidade.
Tudo que eu faço, eu faço com amor, deve ser por isso que eu estou feliz na maioria dos dias.
Essa foi a minha escolha, ser feliz todo dia. Afago e afeto só me deixam mais e mais
contente.




Estou fazendo planos, de sair voando pela janela.
De ontem pra hoje, nada mudou.
Ontem foi um dia parecido com este.
Este dia de hoje.
Que não mudou nada depois que ontem passou.
É a continuação de ontem, a continuação da semana
Nada de extraordinário.
Nenhum acontecimento.
Apatia? Não, talvez não.
Quem sabe eu não tenha nada mesmo pra contar.
Mas mesmo assim não me importe e fique falando abobrinhas,
assim mesmo, SEM PARAR.
O barulho da chuva me acordou, eram seis e quinze, hora de dormir mais.
Mas repentinamente perdi o sono. Fazia frio fora dos cobertores, eu tinha medo de atravessar o chão gelado, medo de encontrar a água congelante da pia.
Decidi me manter ali, quietinha, talvez o sono voltasse a vir.
Mas não queria ficar parada.
Pensei: devo fazer qualquer coisa alguma!
Peguei meu livrinho, li algumas páginas, mas não...não era aquilo que eu queria fazer
Tomei um gole d’agua.
Respirei fundo umas 24 vezes.
Sorri.
Chorei.
Li, escrevi, desenhei
Cantei e dancei
Falei
Perdi, ganhei
Fiquei
E Fui.
E voltei àquela cama diversas vezes
E pensei sobre o que fazer dela
Pensei nela
Por ela
Com ela
Fiz dela abrigo
Castigo e tormento
Sofri por seus dias
Quis esquecer
Não quis muitas coisas
Fiz muitas coisas
E fiquei parada, ali na cama, enquanto chovia lá fora.
Mas estava acomodada, eu estava ali, vivinha, maquinando tantas coisas, escolhendo,
medindo e refletindo sobre todos os meus próximos passos.
Sem sair do lugar.
Esperando pela minha próxima dormidinha, até uma outra cama confortável chegar
dizendo: vem, agora é hora de sair daí.
Vou te fazer uma proposta.
Jogue fora toda a sua estabilidade, tudo que é conforto
jogue fora suas ideias conformistas
jogue fora todo o sentimento pensado, fique com o sentido
mande embora lembrança
mande embora esperança
mande embora tudo que é reconfortante
e enfrente sua vida deste único jeito:
DE FRENTE.

Não se esquive dos seus problemas
deixe que eles o pegem
e sintam o tanto de você que existe no seu peito
o tanto de você na sua mente
nada te abala.
nada me abalará.
Hoje acordei as sete da madrugada, a tosse não me deixou dormir nem por um segundo.
Já amargurada pela noite mal dormida, ainda tive o infortúnio de continuar com a tosse atacada pela manhã.
Fui ao pronto(lento)-socorro e esperei por lá pelo menos por uma hora e meia.
Esperei uma hora pra saber que minha pressão estava baixa, se isso fosse um grande problema, eu já teria me ido.
Finalmente quando entrei na nada simpática salinha, eu pude me queixar (assim, como faço agora) livremente.
Ai, alívio.
Ela me recomendou algumas coisas, me deu umas duras (é sempre assim) e mandou me darem uma lição, ops, injeção.
Então eu fui contatar meus familiares, é claro, pra saber se eu podia tomar a tal injeção.
O engraçado é que eu não sabia se podia ou não, justo eu, que mais sei de eu.
Fiquei pensando que é falta de informação, se eu soubesse o que era a tal injeção eu saberia se podia tomar. Santa ignorância.
Mas então, voltemos à injeção, nossa, doeu horrores, quase morri de tanta dor, chorei também, na frente de todo mundo, ah, não to nem aí.
Então me veio na cabeça a dúvida que tem me atormentado desde ontem.
Uma dúvida terrível. Que eu já tive muitas vezes e que sempre tende pra um memso lado.
É uma coisa óbvia que eu insisto em não querer enxergar. Que pior de tudo, me deixa triste.
Que pior ainda tem haver com amor. Que é triste e sofrido e me deixa chateada com vontade de comer muito chocolate.
Ai que situação. Doente, de tpm, 10 dias tomando remédio, sem fumar, sem beber, sem me divertir, com dúvidas teriveis, com raiva, ódio, rancor e tantos outros sentimentos que não quero nem relatar aqui.
Acho que a injeção tá fazendo efeito, to ficando com um sono meio louco.
Vou dormir, graças a deus, tirar o atraso.


A noite que o dia virou noite

Por um momento
eu olhei pra lua
.
Na lua eu vi o dia
e vi também a noite
Eu vi
a luz prateada
brilhante
E vi o poder do sol
A luz
Eu pensei que a lua
fosse cair em cima de mim
.
As estrelas se moviam
para todos os lados
elas passavam dentro dos meus
OLHOS
confundiram a minha cabeça
só eu as vi andar.
e vi que a lua estava pensa
e que ela ia cair.
Eu me vi no céu
andando nas nuvens
e eu queria mesmo estar lá
.
Mas vou sentir saudade
Daqueles dias
que nada eu podia entender
que nada eu podia explicar
quando nada fazia sentido.
No céu
existe sentido.





Eu vou realizar a mais bela maravilha mundana
Vou cortar as veias, todas elas e voar como um balão de gás hélio
Movida pelos impulsos do vento e suas vontades
Movida pelos impulsos do mundo, suas vontades e desvontades
Todas as verdades.
Tudo que poderia ser verdade.
Tudo que não existe nesse mundo.
Nada existe, como o mundo não existe.
Se tudo é mentira, o que fazer do vento? Que vem passando por aqui
Agarrar em suas vontades e fazer delas as minhas.
Fazer a vontade.

Porquê eu não sei o que estou fazendo aqui

Tenho certeza que não sou desse mundo.
Embora, seja eu, "humano, demasiado humano"*, as vezes fico perdida em pensamentos de verdade e conspiração.
Bom, pra começo de conversa, todas as vezes que eu paro pra nisso pensar, o inicio se dá pelo fato de que o ser humano busca em suas ações privilegiar-se de alguma forma, não realizando assim coisas que não lhe beneficiarem.
Certo.
Mas ele também age por instintos (esses igualmente procuram conforto) e têm sentimentos. É nessa parte que a confusão começa.
Até que ponto o sentimento é verdadeiro? Eu digo, livre de privilegiações? Ou você só ama quem te faz bem? Ou você escolhe amar alguem pelo que a pessoa te proporciona, seja alegria, seja vantagens, seja conforto (..)? O que eu quero saber é se independentemente do que a pessoa te proporciona, o sentimento será o mesmo?
O ruim é que formamos nossa opinião a partir de vários conceitos e concepções e a conectividade das coisas ás vezes não nos permite enxergá-las como elas realmente são.
É um emaranhado de sensações e sentimentos que não nos permitem sentir de uma só vez.
Razão e emoção caminham juntas e dão-se as mãos em diversos trechos.
É preciso sempre abstrair os conceitos das duas formas, racionalmente e emocionalmente. Porém em momentos separados, para conscientização de cada uma.
Nem os mais renomados filósofos estavam livres de imprimir em suas teorias seus próprios princípios e valores.
E isso é ser humano, demasiado humano.




Acalanto das ideias:http://www.youtube.com/watch?v=JST8Ag5GkGw
*Humano, demasiado humano. - Obra de Friedrich Nietzsche - 1878