Mais uma de pernilongos

Veja bem meu bem, os anos se passaram e nada mudou.
Você nunca mudou pra mim, eu nunca pra você.
Tirando as vezes que você acordava com a pá virada. O que complicava tudo.
Mas tudo que eu via era amor. Nos seus espamos de madrugada, seus dentes vistos daquele ângulo que eu já conheço, seu cabelo maluco, uma doçura e uma ingênuidade que só você tem.
Eu te conheço assim, como a palma da minha mão.
Você ai, vivendo no mundo da lua e eu tentando te trazer pro chão. Justo eu.
Lembra da história das cordas? No principio você era a corda rija e eu a tenra. E hoje o contrário acontece.
Então permanecerei aqui, firme e forte, como quem sabe dos dias futuros.
Eu não sei na verdade, mas as histórias devem sempre ter final feliz.

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