Ela parou de caminhar e olhou o céu. Que azul engraçado, pensou. Continuo a olhar, mas nada mudou.
Ao chegar a seu destino se despediu do dia. Entrou numa caixinha, bem compacta, que não cabia nem um bracinho da menina, porém ela passou o corpo inteiro.
Lá dentro, nem eu ou você podemos saber do que se trata, confesso que até tentei entrar, mas não cabia nem um único pensamento meu ali.
O curioso foi ver o dia que se passava pra fora da caixinha.
O céu escureceu. O vento maltratava as casas, as pessoas, as coisas, virou ventania, vendaval. Uma chuva forte fazia parecer que o céu desabaria a qualquer momento, caindo pedaços do mundo nas nossas cabeças.
O absurdo foi tão grande, que depois que aquilo passou, eu continuei sem entender nada.
Então, ela saiu da caixinha.
O mundo ficou pequeninho perto daquela monstruosidade toda. Cabelos compridos, manuais e regras grampeadas na sua enorme cabeça e no seu corpo, a inscrição de todos os seus registros.
Ela olhou pro céu e um deu um sorriso instantâneo, como se o pensamento o tivesse impulsionado pra fora bruscamente.
Nada havia mudado, somente ela.
Alice, cara Alice.. as vezes conversas de doidos, as vezes conversas de sábios. Vai saber?
ResponderExcluirO texto me lembrou Alice! Lindo ;)