A neve

Acordou como quem pousa
e falou palavras surdas
No escuro não ouviu falar da luz
e não acreditou sobre o redondo da terra
Displicente com o inventado
transformou papel em asas
e misturou as cores, pra dar mais vivacidade
Juntou tudo o que havia sido separado
e cantarolou vitória sobre a multidão apática
No seu segundo degrau, ela derramou a sorte
E seus pés escorregaram no gelo derretido.
Pro almoço: um corte.
No jantar: a morte.





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