O confronto ou o sofá para quem dorme

A falta de sono vira sonho
logo eu não me vejo mais
e eu sou os olhos de alguém
que não sei dizer quem sou.
Verdade vira vertigem, e
derrubo com nuvens muros
carregados de não-lembranças.
Eu virei mentira mentirosa
e engano a mim mesmo, sem ao menos
acordar para isso.
Não ter mente, corpo ou alma, ser
não ser.
É viver como quem vive.
Flutuando vestido de anjo em meio
a gigantes homens de poeira e pedra,
eu durmo.
E acordo com o copo vazio,
vagando vazio,
num corpo vazio.

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