O que move o mundo
A lua está bem aqui
em cima de mim,
em cima do telhado,
onde não posso vê-la
Mas eu a vejo iluminar as nuvens
e os labirintos que elas formam.
Me dá uma certa tristeza
olhar o céu e as estrelas.
Eu sinto como se a felicidade
fosse mesmo inalcançável.
Para os que não tem asas
Há uma estrela bem na frente
da minha janela
Ela pisca muito lindamente
como se fosse um diamante.
Faz as outras estrelas no céu
parecerem apenas sorrir
Mas esta brilha incessantemente.
Escrevo no escuro para contemplar sua beleza
e penso:
por que afinal ela está tão sorridente na minha janela?
E fez-se a luz
Eu ouço a música
e vejo as nuvens
as formas dançantes no quarto,
um par de bolas de papel suspensas,
um quadro de corações,
retratos de crianças e pessoas queridas
recortes, jornais, livros, papéis.
Eu vejo tudo, quietinha, deitada.
Então bate uma inqueitação e eu preciso escrever
E aqui está o terceiro texto da segunda-feira.
O primeiro escrito à luz.
Saudando este maldito desassossego.
A lua e as estrelas podem ser belas companhias numa madrugada às claras. Talvez não seja para mostrar que a felicidade é inatingível que elas existam, mas sim para mostrar que, assim como elas, a felicidade pode ser simplesmente pairar no infinito e iluminar a quem puder.
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