Eu que nunca acreditei em milagres

Você não tem juizo, eu friso
e diz não ter pecado (não creio)
diz: mundo é conspirante, tratante
e navegante sem rumo
não tem porto, eu digo.
Me diz só coisas doces, me abraça
faz do nosso o último romance,
e deixa inebriante, calmante
o último suspiro.

Em luar se apresenta perigo
me fere com espada cortante.
E em tudo que mostrava amigo,
revela-se mundano, farsante.

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