Dedos

vou me vestir
de veludo
mergulhar
no amargo
doce
do vinho
sentar ao
piano
e compôr o

caminho
onde eu
o vejo
flutuar
no vento
que balança
o vestido
no mundo
quase vazio
no abraço
partido
no vermelho
do sangue
do delírio
do dilúvio.

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