Acordou a paz.
Deu de beber aos animais, leu o jornal sob o sol, colheu acerolas maduras, alimentou os passarinhos...
Quando veio a tarde, ninou o seu querido, assoprou a sua querida, saiu à rua para sorrir aos desconhecidos.. dançou pelos semáforos, cantarolou nas calçadas, surgiu entusiasta e voltou à casa, com mais ar ainda nos pulmões.
Parecia ter cinquenta anos e então parecia ter só cinco. De nada sabia de cor, e assim distribuía a despretensão e a alegria de não caber no mundo.
Em fila de banco, deitava em meio às nuvens. Em trânsito, flutuava sobre os pés.
Não importava onde estivesse, sempre haveria de estar no céu.
E no céu, reinava sobre a paz.
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