A última das dezoito horas

Os carros passam cada vez mais velozes
para se ver se colidem em seus sonhos

os braços prosseguem perseguindo
irreais sensações das agulhas de morfina
querem ver destruir: vida apodrecida

correm,
para alcançar
destino

mas, cegos
tateiam
no escuro
as
infinitas
possibilidades
que no
finito
nunca
vão
alcançar

e é no finito,
que os cegos
buscam

e em finitude
que vão
se acabar.

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