De que não há


sopro
de
21
gramas
que
flutua

dizem que,
viajante da terra,
morador do céu
tem no
seu meio,
o pouco de ar
que no pulmão
não há

onde
dançam
as
horas

invisíveis

como nem os relógios sabem

como os livros não contam

porque a fluidez
não é imagem
nem som
nem cor
nem palavra

dispensa
até
poesia



Um comentário: