Sentei na calçada com a esperança que você viesse logo.
A lua parecia estar bem em cima da minha cabeça e havia umas poucas estrelas no céu.
O vento era de frio, eu estava bem agasalhada e também segurava uma blusa pra você.
Que demora, pensei.
Fiquei lá agachadinha no frio, cigarros me faziam companhia.
Finalmente abriram a portinha e saiu uma luz fraca lá de dentro,
depois vieram vozes e passos apressados, cada um tomando seu rumo.
Levantei-me pois você já deveria estar pra sair.
Fiquei com aquela cara de quem está puto, só pra fazer uma cena.
Reclamei alguma coisa e nos abraçamos.
Que saudade.
Ofereci ajuda com os livros e você que adora abusar da minha boa vontade,
despejou uns cinco nos meus braços.
Fomos conversando sobre as novidades até chegar em casa.
Pro mesmo lugar de sempre.
Pro nosso lugar, pra nossa história: a nossa vida dupla-familiar.
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