Eu só preciso colocar as palavras em seu devido lugar
e dar espaço para que transmitam, o que a boca recusa-se
a pronunciar.
O som que dá sentido é abafado por esse ar de leitura objetiva,
que se faz poética quando compreendida.
E quando não faz sentido para ninguém é que a mensagem
saiu dos trilhos, só não sei dizer o rumo que ela segue, embora
tanto as coisas se tornem incrivelmente previsíveis para mim.
E se eu me iludo em acreditar que não faço transparecer minha alma,
onde quer que ela se espelhe, é porque eu ainda acredito na
invisibilidade,
que permite, me liberta e me faz sentir, para que então
eu me encontre para ler-me.
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