História de um corpo só

Sim eu me perdi, eu me perco com facilidade. Ela parecia um pão amanhecido com cabelos desarrumados e cadarços desamarrados. Você vai cair, falei. Ela só olhou para baixo e depois não tocou mais no assunto, acho que esqueceu ou não quis me dar uma resposta. Você vai ficar ai? perguntei já me arrumando para sair. Vou, respondeu. Mas você vai ficar sozinha, eu falei. Eu sempre estou sozinha. Finalizou. E saiu como se eu nem existisse.

7 comentários:

  1. as vezes se perdem
    as vezes se encontram
    as vezes são vezes
    de um corpo de sopro "só".

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  2. marina, vc é a "menina do mar" daquele som lá?

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  3. A grande felicidade que está em ser, é poder ser o que quiser e ao mesmo tempo não ser nada.

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  4. Desculpe, mas meu eu-lírico recusa-se a se adequar à objetividade.

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  5. a propósito o seu eu-lírico é de onde? (lugar de residência-objetivamente)

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