Do livro das perpetuidades

Certa vez, quando caminhavámos, eu de mãos dadas contigo, desliguei de ti.
Desliguei o meu medo de viver sozinha em uma casa sombria e vazia e de pensar em como seria monótono criar gatos. O bom, é que a suposta baixa percepção que os homens têm não deixou que você percebesse um só dos um milhão e meio de pensamentos suspeitos que viveram em mim durante uns trinta minutos.
Respirei fundo para me inebriar de oxigênio e vi um girassol amarelo solar, gigante e sorridente.
Abracei seu braço - a parte sua mais minha que tinha - e dei um beijo nele.
Que braço lindo, falei.

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