Celina acordava na surdina
fazia café e pão com margarina
vestida saia e era só dobrar a esquina
João aparecia
João acordava apressado
usava paletó e cabelo penteado
comia broa de milho e café açucarado
de Celina era o namorado.
Celina sorria a João
João enrubescia
João lhe dava uma flor
Celina agradecia
Celina acordava, pensava em João, ansiava por vê-lo
apressava o coração.
João acordava, pensava em Celina, em sua pele tão fina
sua boca macia.
O amor era companhia
dia e noite, noite e dia
Cada hora que passava
mais esse amor crescia
Pois em toda manhã
na esquina aparecia
o sorriso acanhado
de uma jovem menina
e o menino esperando:
sua alegria.
E assim acontecia
como na fotografia
daquela senhora antiga
pelo tempo esquecida
que guarda na gaveta da sala
sua própria cantiga.
Só não entendi o final.
ResponderExcluirMas Celina e João são apaixonantes. rs
Tão sonoro...
ResponderExcluirO poema veio de uma foto antiga de um casal de namorados parados em uma esquina.
ResponderExcluirAi nomei João e Celina e fiz as rimas em cima do que a foto parecia dizer e dos olhos daquela senhorinha.
Simplesmente me apaixonei por seu blog. Uma simplicidade linda, palavras doces! Bonito de de apreciar.
ResponderExcluirEstarei por aqui sempre que puder.